Il-Brutto - INSÓNIA

〈Intro: Dwó〉
Yeah-yeah, huh
Dwó do ópio, DopeFinest
Hm, yeah

〈Verso 1: Dwó〉
Se bem me lembro, nunca tenho tempo
Mas arranjo sempre p'ó meu bem estar
Para tudo, agora escreve Pedro
O beat mete medo, o gozo 'tá na cara
'Tou na minha praia
O mundo 'tá louco, eu só quero 'tar à tona
Deixem-me 'tar na minha maratona
Mais stamina do que o Maradona
'Tou a tapar problemas com uma mortalha
Claro que falha, mas dá-me fire
'Tou-me a cagar p'ó teu rabo de saia
Posturas dão-te costuras, não papo disso
Não vês na minha laia, só vês verdade na raça
Marca do vício não sara
Sim, eu sei, escolhas são minhas
Se alguém algum dia tentar pisá-las, 'tou pronto, rei
Muito ou pouco, sempre acrescentei
Pus o pé na pista, claro que abusei
Não focava a vista, só me lambuzei
Fez parte, e eu fiz-me craque
'Tou com o 11 do Neymar no Barça
Muito ziguezague p'a esse teu quadrado
Meu toque é doce, não sentes o tabaco
Não me tires a pinta, só fecho um casaco
Feeling funny, achas? Não
Beat 'tá bruto e eu 'tou em modo Björn
Ironside no teu lado soft
Viras puto debaixo da saia, corre
Não te estiques muito nestas linhas
'Tás a dar p'a grande, ya, mas ficas branco
E ainda te deixo crack no fim para a overdose
Killing them softly, claro
Viver sem pressa, enrolar o meu charro
Mesma tropa a encher o mesmo carro
A bater o pé na rave, a bater o pé à vida
Não paro, sigo o faro, até manjar no topo do Kilimanjaro
Até já, vocês deixem-me 'tar
Venham tentar quando se equiparar
Quando? Nunca
DopeFinesse p'a esse teu rap espelunca
Droga e knowledge, quem disse que não junta?
Traz carola, se não queimas a junta
Baixa a gola, não és Cantona
Não quero saber quantos views tens
Ou concertos dás, eu não vou 'tar lá
Gás é gás, vai 'tar sempre cá
DopeFinest no under é crachá, yeah
〈Interlúdio: Alfie Solomons〉
He is of mixed religion, therefore he is godless
He was adopted by Satan himself
Before he was returned out of fear of his awkwardness

〈Verso 2: Jack Crack〉
(Yeah, yeah) DopeFinest é family
Isto não é crew, é meu sangue
Como a Mariana e a Emily
Se tens olho gordo, és meu enemy
'Tás mais morto que o Kennedy
Se és naive, 'tás drunk
Smoke mais weed c'o Khalifa, e p'a Cali não arranco
Smoke, 'tás pálido, 'tás branco
Eu não abrando, eu exagero no tinto e no branco
Durmo num banco, acordo bacano
Cravo cigarro e mortalha a um bacano
Sombra, não vês as pegadas que eu ando
Mano, eu sou, mano, eu sou
Under do under, o teu tropa é uma tanga
E ele veste uma tanga por money, so
Não soa como eu soo, não sua como eu suo
P'ós que sabem como eu sou
Sabem bem que eu não durmo
Insónia, juro que eu vivo numa insónia
Será que era assim que era o Sidónio?
Sou eu que sou fraco p'á Babilónia?
Será que por um lado sou sodoma?
Sin e pecado tipo Gomorra?
Frito tipo farto, mas que não morra?
Fit tipo forte, mas que não corra?
Nah, eu sou bravo, vim de mão dada com o diabo
Cheguei numa nave e cansado, vim do passado
Pai do teu antepassado, vi o futuro, é marado
Guess right, agarro na guapa, let's ride
Moon gang, Suntribe, be the light, darkside
Insane inside, I'm insane inside
Pain gang, yes I, alien, low life
Kill them all, big smile

João Pedro Almeida, de nome artístico Il-Brutto é um jovem produtor natural de Lisboa.

Além de fazer parte da editora independente RAIA, o artista também tem um papel integrante no trio ESCALPE (NERVE, Il-Brutto e TILT).

O jovem produtor além de criar sonoridades para artistas portugueses, também já tem a sua assinatura no mercado norte-americano.
Tudo começou quando Il-Brutto enviou vários beats para o rapper Carmine Moth, dono da Dead Orchard Records, e que após uma conversa e um showcase de beats, o mesmo acabou por assinar o jovem produtor.

Il-Brutto estudou música e audiovisuais nas Caldas da Rainha e frequentou a Licenciatura em Música, Vertente de Jazz, na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo no Porto.

Em 2020, o artista lança uma beat tape denominada de Hella Joints Vol. I – Instrumental Series.